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sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Ideb: 24 estados e o DF superam a meta nos primeiros anos do ensino fundamental

"O esforço todo que o governo federal tem feito com os municípios para melhorar os anos iniciais do ensino fundamental têm dado resultado", afirmou o ministro Paim na coletiva. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2013 mostra que o País ultrapassou as metas previstas para os anos iniciais (1º ao 5º ano) do ensino fundamental em 0,3 ponto. O Ideb nacional nessa etapa ficou em 5,2, enquanto em 2011 havia sido de 5,0. Das 27 unidades da federação, 25 superaram a meta. Os dados foram apresentados nesta sexta-feira (5) pelo Ministério da Educação (MEC).



Na rede municipal de ensino, que responde por 81,6% das matrículas da rede pública nessa etapa, a meta foi alcançada por 69,7% dos municípios brasileiros. A rede estadual, que atende apenas 18% das matrículas públicas nessa fase, também superou suas metas. Em 75,7% dos municípios, as escolas estaduais superaram a nota 5,0 prevista para 2013. Na rede federal, o Ideb aumentou de 6,8 em 2011 para 7,0 em 2013 nos anos iniciais.

“Nós estamos em uma situação muito positiva nos anos iniciais do ensino fundamental, porque estamos avançando, conseguimos ampliar esse resultado de 2011 para 2013 e conseguimos também superar as metas que estavam previstas para 2013. Então, o esforço todo que o governo federal tem feito com os municípios para melhorar os anos iniciais do ensino fundamental têm dado resultado, isso é muito importante para a educação do País”, disse o ministro da Educação, Henrique Paim.

Nos anos finais (6º ao 9º ano) do ensino fundamental, o Ideb nacional cresceu de 4,1 em 2011 para 4,2 em 2013. Do total de 5.369 municípios com índice da rede pública calculado nessa etapa, 39,6% atingiram as metas previstas para 2013 na rede pública, que atende a 86,5% dos matriculados nessa etapa (um total de 13.304.355 estudantes). Na rede federal, o Ideb se manteve em 6,3. Os dados mostram que a dificuldade para atingir as metas acontece também na rede privada, que alcançou nota 5,9. A meta prevista era de 6,5.

O Ideb do ensino médio se manteve em 3,7. A rede estadual – responsável por 97% das matrículas da rede pública – registrou o mesmo índice de 2011 (3,4), assim como a rede federal (5,6). A rede privada apresentou queda, passando de 5,7 para 5,4.

Sobre os resultados nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio, o ministro avalia que desafios nessas fases é maior, mas resultados do Ideb mostram uma evolução.

“A gestão dos anos finais [do ensino fundamental] e do ensino médio é mais complexa e nós precisamos trabalhar para que o resultado melhore a partir da pactuação entre o MEC e estados e municípios que têm a responsabilidade na gestão dos ensinos finais e do médio. O que nós temos de oportunidade, é exatamente a aprovação do Plano Nacional de Educação, que traz um conjunto de metas, inclusive para melhoria do ensino fundamental e do ensino médio”, explicou.

"O esforço todo que o governo federal tem feito com os municípios para melhorar os anos iniciais do ensino fundamental têm dado resultado", afirmou o ministro Paim na coletiva. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil.
“O esforço todo que o governo federal tem feito com os municípios para melhorar os anos iniciais do ensino fundamental têm dado resultado”, afirmou o ministro Paim na coletiva. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil.

Revisão do currículo do ensino médio
De acordo com o ministro, há consenso de que o currículo do ensino médio precisa ser revisto para se tornar mais atraente para estudantes. Paim também abordou a necessidade de se dar a opção de profissionalização integrada ao currículo em áreas de formação compatíveis com demanda do mercado de trabalho.

“Precisamos fazer com que tenha mais flexibilidade no currículo do ensino médio, (…) permitir que o estudante vá construindo sua certificação a partir de créditos. A outra questão que precisa ser trabalhada, é que nós tenhamos ênfases que o estudante possa dar em cada uma das áreas. São questões que estão na mesa nos estados, no Congresso Nacional, porque existe um projeto de lei sendo discutido de mudanças no ensino médio e nós temos que, para sintonizar a questão do ensino médio com a questão do mercado de trabalho, fazer com que nós tenhamos um eixo de formação para o trabalho dentro do ensino médio, permitindo que aqueles estudantes que querem se profissionalizar tenha essa opção”, declarou.

O Ideb
O Ideb, criado em 2007, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), foi formulado para medir a qualidade do aprendizado nacional e estabelecer metas para a melhoria do ensino.

O Ideb funciona como um indicador nacional que possibilita o monitoramento da qualidade da Educação pela população por meio de dados concretos, com o qual a sociedade pode se mobilizar em busca de melhorias. É calculado a partir de dois componentes: a taxa de rendimento escolar (aprovação) e as médias de desempenho nos exames aplicados pelo Inep. Os índices de aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente.

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